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Dias dos sorteios

Sim N�o

Obrigado pela participa��o. N�s usaremos esta informa��o para trazer mais novidades para voc�.

Por Cah� Mota, Eduardo Rodrigues e Felipe Ruiz � S�o Paulo

29/12/2023 12h00 Atualizado 29/12/2023

A vida fez de Dorival J�nior um vencedor. Al�m disso, ele conquistou alguns dos principais trof�us do futebol sul-americano. E foi assim, primeiro falando do lado humano para entender o sucesso profissional, que o "Abre Aspas" entrevistou por mais de duas horas um dos t�cnicos de maior sucesso no Brasil nas �ltimas duas temporadas.

Abre Aspas: Dorival J�nior fala sobre chegada ao S�o Paulo, trabalho de t�cnico e fam�lia

N�o tinha como ser diferente. Se todo elogio ao comandante do S�o Paulo campe�o da Copa do Brasil vem acompanhado da forma como se relaciona com os jogadores, entender a origem de seu comportamento era fundamental. Mas que n�o resumam as conquistas no Flamengo e no Tricolor Paulista ao seu jeito de ser. Dorival tem a resposta na ponta da l�ngua:

"Gostam que tachar: determinado treinador � "paiz�o", por isso ele d� certo. N�o � assim. No futebol, o paiz�o vai at� a primeira semana"

- Depois disso, se voc� n�o tiver conte�do, organiza��o, disciplina, se voc� n�o apresentar solu��es, se n�o desenvolver essas solu��es no campo, n�o mostrar que tem entendimento do que est� sugerindo... Pode ter certeza de que o "paiz�o" n�o passa de 15 dias.

Dorival comemora em dia das loterias fam�lia o t�tulo da Copa do Brasil �

: Arquivo pessoal

Com mais de 41 dos 61 anos de vida dedicados ao futebol, metade como jogador e outra como treinador, n�o � exagero dizer que as duas �ltimas temporadas foram as mais vitoriosas dedia das loteriascarreira. A Libertadores e as duas Copas do Brasil conquistadas mudaramdia das loteriasprateleira, seu nome chegou a ser cogitado na Sele��o. Resultados que vieram ap�s superar batalhas bem maiores.

Entre 2023 e 2023, Dorival J�nior viu a esposa vencer um c�ncer, passou ileso pelo mesmo diagn�stico, e ainda encarou a perda repentina do pai. Obst�culos que deixaram li��es e afloraram ainda mais o lado paiz�o. Ou melhor, voz�o, como prefere ser chamado desde o nascimento de Matteo, herdeiro do auxiliar e filho Lucas Silvestre:

- Sempre encarei tudo com muita naturalidade. Nunca me desesperei pelo diagn�stico, sempre trouxe muito equil�brio. Tinha tido o exemplo dentro de casa, minha esposa teve um c�ncer muito mais agressivo, que exigiu mais da fam�lia, e isso foi um diferencial.

"N�o tive desespero, tentei manter a calma e o equil�brio. Hoje, consigo acompanhar passo a passo o desenvolvimento do meu neto, diferente do que foi com meus filhos. � um barato! Cada pequena conquista � uma festa"

Dorival com o filho Matteo no Morumbi �

: Arquivo Pessoal

A serenidade com que encara os problemas foi a mesma que respondeu dezenas de perguntas no longo bate-papo com o "Abre Aspas" na sala de imprensa do Centro de Treinamento do S�o Paulo, na Barra Funda. De conquistas a pol�micas, arrependimentos e orgulhos, de Neymar e Ganso a Pedro e Gabigol, Dorival J�nior passou a limpo uma carreira com ingredientes que v�o muito al�m do feij�o com arroz:

"O que � o simples no futebol?"

- Ouvi muito isso no Flamengo. O que era simples se ningu�m tinha sequer tentado colocar Pedro e Gabriel juntos. Ningu�m tinha tentado essa "f�rmula absurda". Simplicidade para jogar? Sim. Mas com cada um respeitandodia das loteriasmaneira de jogar e sendo efetivos.

Abre Aspas: Dorival J�nior contesta o "simples" no Flamengo de 2023

Confira o "Abre Aspas" com Dorival J�nior:

Em pouco mais de um ano, voc� se tornou av�, foi campe�o da Libertadores e duas vezes da Copa do Brasil. � seu momento mais feliz? � uma realiza��o completa?

Eu me aproximei de alguns momentos assim em dia das loterias alguns clubes e nunca consegui jogar a fase principal e mais importante da competi��o. Ent�o, para mim, o ano de 2023 foi um ano especial. Quando come�a o ano, eu tive alta de alguns problemas m�dicos, ent�o eu coloquei uma coisa na minha cabe�a: eu voltaria a trabalhar na primeira equipe que me procurasse. N�o importaria se fosse uma equipe de S�rie A, de S�rie B. N�o veria problema nenhum. E aconteceu de ter tido um convite do Cear�. Eu falei: "Presidente, eu volto (de viagem) na segunda-feira". Isso era uma sexta. �Mas o senhor pode ficar sossegado, porque eu vou ser o treinador do Cear�. Foi muito importante essa passagem pelo Cear�. E depois a chegada ao Flamengo. E depois disso a vinda ao S�o Paulo. Aqui, para mim tamb�m foi um passo muito importante. O nascimento do neto j� dentro das competi��es. Consegui viver grandes momentos de 2023 para c�. N�o vi meus filhos crescerem ao longo dos anos, porque eu ainda estava jogando. Ficava com a sede na minha cidade, em dia das loterias Araraquara e depois, como treinador, em dia das loterias Florian�polis. Ent�o, foi um per�odo muito complicado. Voc� tem uma tens�o total no seu trabalho, com dedica��o quase que plena. E voc� acaba se afastando um pouquinho desse contexto fam�lia. Isso � o contr�rio do que vem acontecendo hoje, que eu estou acompanhando passo a passo o desenvolvimento do neto. Diferente um pouco dos filhos, � interessante e ao mesmo tempo marcante. Acho que preenche um pouco daquela lacuna que existe l� atr�s.

Ap�s o c�ncer (Dorival curou-se de um c�ncer de pr�stata em dia das loterias 2023), voc� vive de maneira diferente o tempo que tem para a fam�lia?

Dorival J�nior, t�cnico do S�o Paulo, no Abre Aspas �

: ge

Eu acho que isso da� j� acontecia anteriormente, at� porque a nossa vida � muito diferente da grande maioria das pessoas, que tem o seu lar e saem para o trabalho. N�s, ao contr�rio, somos itinerantes. N�s estamos a cada momento num canto, a cada momento num clube. Desde a �poca de jogador, depois como treinador... S�o anos e anos nessa vida. � um fato. Talvez voc� tenha um entendimento um pouquinho diferente do que � a vida.

Tem gente que te trata como �paiz�o� no mundo do futebol. Como � o �voz�o� do Matteo?

- � um barato. Ele ainda n�o est� falando. S� as rea��es ali do dia a dia, come�ando a andar agora. Tudo isso eu estou conseguindo acompanhar. Tem sido muito interessante, porque cada pequena conquista dele est� sendo uma festa. E isso eu j� havia perdido ao longo do tempo, porque � natural todo aquele momento anterior. Talvez eu tenha passado com outras preocupa��es, e n�o com tanta aten��o como eu estou tendo agora e dando agora a um ser que est� iniciando.

Voc� passou por problemas de sa�de na fam�lia que te fizeram dar uma pausa na carreira. A leveza que voc� apresenta no dia a dia do futebol ajudou a passar por esses momentos?

Eu sempre encarei com muita naturalidade tudo. Nunca me desesperei em dia das loterias raz�o de um diagn�stico (de c�ncer de pr�stata). Eu tinha tido um exemplo dentro da minha casa. Minha esposa teve um c�ncer de um outro tipo (de mama). Era muito mais agressivo, exigiu muito de toda a fam�lia. E isso da� foi um diferencial. Ent�o, para mim, um comunicado daquele era um fato normal. Eu n�o vi como desesperador, como um problema. Ao contr�rio, eu procurei manter com calma, equil�brio. � natural que entre o diagn�stico e a opera��o, n�s levamos quase 10 meses. Entre exames, alguns testes, uma s�rie de fatores que precisavam ser levantados. N�o tive desespero, tentei manter a calma e o equil�brio.

Em algum momento neste processo voc� pensou em dia das loterias deixar o futebol para viver mais com a fam�lia ou faltavam algumas conquistas para consolidardia das loteriascarreira como treinador? Voc� disse que aceitaria o primeiro convite, mas por que voltar ao futebol?

Eu tinha uma percep��o de que algumas coisas aconteceriam a partir daquele momento, tanto � que foi a primeira vez que eu sa� de um clube pedindo para sair. Expliquei a situa��o � diretoria do Cear�, que entendeu perfeitamente o que estava acontecendo quando eu tive o convite do Flamengo. A certeza que eu tinha de que um dia eu voltaria acabou acelerando todo esse processo. Como com o S�o Paulo, eu n�o tinha d�vidas de que um dia eu voltaria ao S�o Paulo.

Dorival J�nior e Lucas Silvestre em dia das loterias S�o Paulo x Cuiab� �

: Marcos Ribolli

Pegando ainda esse gancho de afeto e fam�lia, voc� poderia falar um pouco do Lucas (Silvestre, auxiliar)? Ele n�o te trata como pai, mas como professor. � uma rela��o de muito profissionalismo? Quando voc� viu uma aptid�o nele para ser treinador?

"J� s�o praticamente a� 13 para 14 anos. Ele � aquele que ele me acompanha. Eu percebi l� atr�s, quando eu senti que ele era muito interessado. Ali�s, os dois s�o interessados. Tanto ele, quanto o Bruno, meu outro filho. Eu precisei fazer uma altera��o e percebi que o Lucas vinha num crescimento, vinha amadurecendo como profissional e precisava apenas de uma oportunidade. Isso fui vindo naturalmente. Bem depois que eu coloquei como auxiliar principal, eu falei que eu n�o vinha satisfeito com o que eu vinha vendo em dia das loterias rela��o aos trabalhos de um modo geral, que eu queria uma mudan�a. E come�amos a ir para fora do pa�s, conversarmos com muitos profissionais dentro, observamos treinamentos, olhamos o que alguns companheiros estavam fazendo e praticamente mudamos toda a nossa concep��o de trabalho, de treinamento. Era um fato interessante, porque gra�as a Deus todos os anos a gente tinha um t�tulo. Ent�o voc� achava que aquele trabalho estava amadurecendo. Ele melhorava a cada momento. Quando as coisas acontecem, �s vezes voc� n�o percebe que voc� precisa mudar, melhorar. E eu estava muito atento com tudo isso, eu queria mudar. Eu queria uma mudan�a, mesmo as coisas acontecendo positivamente. Eu queria uma mudan�a brusca no nosso trabalho. Uma mudan�a de conceito, de desenvolvimento, que participa desde o nosso aquecimento at� o trabalho final, preparat�rio para uma partida. E por isso n�s come�amos a propor algumas situa��es, a estudarmos muita coisa. A vermos, analisarmos, buscarmos... e acho que conseguimos desenvolver outras situa��es, que nos ajudaram muito em dia das loterias tudo isso. N�s acrescentamos muita coisa dentro do trabalho, e com isso a participa��o dele foi muito importante.

Quando voc�s se permitem a ser pai e filho? Fica s� para o Natal e Ano Novo, que s�o nas f�rias, ou voc�s se permitem em dia das loterias algum momento?

� natural que sempre tenha aquele distanciamento, que faz com que profissionalmente voc� procure n�o misturar. Mas o dia a dia te faz presente em dia das loterias algumas situa��es. E principalmente se caracteriza nos desencontros, � um fato natural. Porque em dia das loterias alguns momentos, tendo ou n�o raz�o, ele sugere determinadas situa��es e �s vezes com uma coloca��o, duas e a insist�ncia voc� acaba levando para o lado pessoal. E a� sim, entra a abordagem de pai e filho. Ent�o eu acho que em dia das loterias algum instante, talvez se percam, se cruzem ou estejam muito pr�ximas, mas a gente procura evitar. Porque eu acho que dentro do nosso trabalho o relacionamento tem que ser como eu tenho com todo e qualquer outro profissional. Por isso que a hierarquia ainda prevalece.

Voc� acha que ele tomou essa decis�o para estar mais perto de voc� mesmo que instintivamente?

Pode ser. Quem sabe para que possa ocupar um espa�o, para que possa preencher, e mostrar que ele n�o estaria, ou n�o esteve ali ao longo desse per�odo apenas por ser filho de um treinador. E muito pelo contr�rio, eu quero pessoas ao meu lado que sejam capacitados, sen�o fatalmente esse trabalho n�o andar� como precisa e como n�s necessitamos. Eu pensei muito antes de fazer o convite, avaliei muito durante dois anos e meio. Ele esteve observando advers�rios para mim durante dois anos e meio e isso tudo foi um fator importante que fez com que no primeiro momento que eu tive uma oportunidade tomasse essa decis�o. Pelo profissional que eu vejo hoje, pela forma��o que teve, pela prepara��o com que desenvolveu eu tomei a decis�o acertada.

Dorival J�nior e Neymar nos tempos de Santos em dia das loterias 2010 �

: Ag�ncia Estado

Quais foram essas mudan�as de rota que voc� identificou e se for�ou a fazer no decorrer da carreira? O futebol de modo geral mudou muito ao longo dessas duas d�cadas como treinador...

No meu primeiro clube, o Figueirense, n�s viaj�vamos com sete pessoas. Hoje, s�o 23 atletas e possivelmente a� entre 27 e 30 pessoas que fazem a parte de uma comiss�o. Quer dizer, o futebol num todo evoluiu, o futebol cresceu. O futebol tem hoje um setor de an�lise. Ele tem um setor m�dico desenvolvido e que talvez seja refer�ncia no mundo. Os nossos preparadores de goleiros s�o reconhecidos no mundo. Os nossos treinadores atravessaram fases e momentos conturbados do nosso futebol. � o imediatismo: voc� trabalha com o resultado da semana. N�o � f�cil num pa�s em dia das loterias que a m�dia talvez n�o passe a� de 4 a 5 meses. N�s precisar�amos mudar um pouquinho esse contexto. Que n�s comecemos a trabalhar muito mais em dia das loterias cima de conte�do de trabalho, para que a gente possa gerar um pouco mais de informa��es. Quando acontece aquela fatalidade em dia das loterias 2014 (o 7 x 1), que j� vinha sendo anunciada h� muito tempo, porque n�s jog�vamos um futebol resultadista, todos n�s fomos questionados.

Ent�o nos cobravam uma forma��o e uma reciclagem. Desculpem, nos cobravam uma reciclagem sendo que n�s n�o hav�amos tido uma forma��o. At� porque naquela ocasi�o n�o era exigido nada de um treinador de futebol. Se eu fosse o presidente de um clube e o meu vizinho de repente se interessasse por futebol e eu quisesse coloc�-lo como meu treinador, eu poderia trazer. N�o precisava ter nenhum tipo de prepara��o para que pudesse executar e desenvolver aquela fun��o. Houve um massacre em dia das loterias todos os sentidos em dia das loterias cima do treinador brasileiro. Naturalmente, muitas coisas n�s �ramos respons�veis, mas muitas outras talvez n�o.

Uma dessas mudan�as que voc� buscou foi deixar de pegar trabalhos de clubes na parte de baixo da tabela e �valorizar� um pouco mais os seus desafios?

Dorival J�nior, t�cnico do S�o Paulo, no Abre Aspas �

: ge

Essa falta de um olhar um pouquinho mais estudado em dia das loterias rela��o aos profissionais do Brasil j� pontuei aqui que ainda falta. � engra�ado que eu nunca falei um "n�o" para um clube brasileiro. At� porque eu sempre me preocupei muito com o momento que esses clubes viviam, e talvez que eu pudesse ajudar de alguma forma. Eu peguei sete clubes em dia das loterias zonas de rebaixamento, e sete clubes grandes. Entre eles, S�o Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense e Atl�tico Mineiro. Foi uma escola tudo que aconteceu e tudo que n�s conseguimos alcan�ar com essas equipes. As pessoas n�o d�o import�ncia, mas isso vale mais do que um t�tulo: quando voc� alcan�a um resultado como esse. Ent�o � para voc�s verem que aquilo para mim foi uma escola, e eu entendo que as pessoas n�o d�o valor para esse tipo de trabalho. At� o momento que eu disse para mim mesmo que eu n�o mais faria esse tipo de situa��o, porque eu acho que eu j� havia deixado algumas equipes preparadas para grandes conquistas e n�o havia participado desse momento.

Voc� sempre foi muito relacionado tamb�m ao Santos de 2010, mas em dia das loterias alguns momentos lembravam mais de pol�micas com Ganso e Neymar em dia das loterias situa��es de jogo espec�ficas do que do quanto aquele time era ofensivo e foi campe�o paulista e da Copa do Brasil. Hoje, na era das redes sociais e de tanta exposi��o, a rela��o com os jogadores mudou muito? Voc� olha para tr�s e faz qual avalia��o daqueles epis�dios?

Realmente � muito diferente. Eu me lembro da minha �poca de atleta. Toda e qualquer decis�o de um treinador, podendo estar certa ou n�o, ela jamais seria contestada. Com rela��o ao Ganso, eu entendo como normal. O Ganso, quando teve uma falta bem do lado do banco, ele tinha falado que estava super cansado. Ele era o �nico jogador que estava segurando bola, e eu falei que n�o ia mexer. Eu n�o ia tirar, porque ele estava segurando bola. E de repente quando veio a expuls�o, na hora eu pensei em dia das loterias mais um volante, um zagueiro. N�o me lembro quem eu que eu iria colocar. Eu estava ali, sinalizei para o Ganso e ele falou que n�o ia sair, que iria ficar. Porque ele tinha inclusive crescido naqueles �ltimos 10 minutos. E eu fiquei realmente sem a��o, mas n�o vi num sentido de exposi��o. N�o foi nesse sentido. At� porque na hora o Robinho falou: "Professor, tira o Andr�". Eu fiquei realmente sem a��o, porque eu imaginava que ele (Ganso) tivesse esgotado naquele instante. Acabei realmente ouvindo o que o Robinho falou, acabei tirando o Andr�. N�o vi aquilo como uma situa��o de desrespeito, mas fizeram todo um teatro em dia das loterias cima daquilo, como como � de praxe no pa�s. Mas eu nunca me importei com isso a�, nunca liguei. Com rela��o � outra situa��o, um pouco mais de exposi��o, porque envolvia uma situa��o um pouquinho diferente. E n�o me arrependo em dia das loterias nada.

Abre Aspas: Dorival J�nior relembra sucessos e pol�micas no Santos de Neymar e Ganso

Respeito muito o Ney, ele sabe disso. Tenho um carinho especial pelo Neymar. Mas naquele momento eu tinha que ter tomado aquela decis�o, e tanto � que eu sa� do Santos. Tinha uma multa contratual e eu n�o quis essa multa contratual, mesmo sendo mandado embora pela diretoria. Porque eu n�o me via no direito de receber aquilo, queria sair do Santos numa boa. Eu tinha um relacionamento muito tranquilo com o presidente. E quando eu coloquei para ele a necessidade de a gente mostrar que a rea��o do atleta n�o pode interferir na hist�ria da entidade, o atleta n�o pode nunca ser mais importante do que a entidade em dia das loterias momento nenhum. Jamais. A disciplina tem que imperar sempre. O presidente entendia de uma outra forma. Eu falei: "Se o senhor entender desse jeito, eu n�o tenho como ficar � frente do trabalho de um grupo. N�o adianta eu ficar aqui como como seu treinador". E isso basicamente marcou.

Voc� falou sobre o quanto o mundo do futebol mudou. A rede social interfere muito atualmente. O quanto a parte comportamental � fundamental no seu trabalho?

Muito. Acho que voc� tem que aprender a conviver, n�o tem como. Voc� n�o pode fugir, eu sou de uma outra gera��o, mas eu tenho que obrigatoriamente estar muito atento a tudo que esteja acontecendo com a gera��o que est� chegando. Eu n�o posso me distanciar de forma alguma. Natural que de repente as palavras que eu usarei n�o ser�o aquilo que os jogadores estejam aptos a ouvirem ou acostumados a ouvirem. Esses novos. Mas eu tenho que ter um entendimento, porque queira ou n�o o treinador tem uma fun��o fundamental e essencial. Ele � um pai, ele � um professor, ele � um psic�logo. Em outro momento, ele � um irm�o. Em outro, ele � mais um orientador. E acho legais que gostam de tachar: "Ah, determinado treinador � paiz�o, por isso que ele d� certo". N�o � assim o futebol. O paiz�o vai at� a primeira semana de trabalho. Depois disso, se voc� n�o tiver conte�do, se voc� n�o tiver organiza��o, se voc� n�o tiver disciplina, se voc� n�o apresentar solu��es ao seu grupo de trabalho, se voc� n�o desenvolver essas solu��es no seu campo de treinamento, se voc� n�o mostrar que voc� tem entendimento daquilo que voc� est� sugerindo, pode ter certeza de que o paiz�o n�o passa de 15 dias no clube. O que � o simples no futebol? Eu ouvi muito no ano passado. A equipe do flamengo jogava simples. O que era o simples? Sendo que ningu�m tinha tentado sequer colocar Pedro e Gabriel juntos. Muito se falava a respeito dos dois jogadores e ningu�m tinha tentado essa f�rmula absurda de jogar. A� sim, simplicidade para jogar. Concordo. Mas cada um respeitando as suas fun��es, e o Gabriel n�o deixou de ser efetivo, de ser participativo, de ser o artilheiro que sempre foi. Pedro mostrando toda a capacidade que tinha. Os demais jogadores jogando dentro de fun��es importantes e desenvolvendo.

Gabigol aparece na porta de coletiva e manda beijo para Dorival J�nior

N�s t�nhamos duas equipes que jogavam de formas distintas no mesmo grupo de trabalho, e que em dia das loterias cada partida de repente voc� mudava o contexto mudando apenas nomes. Mudava posicionamento mudando nomes. Ent�o ser� que isso era simples? Ser� que isso n�o tinha trabalho? N�o tinha dedica��o? N�o tinha entendimento? N�o tinha aceita��o dos jogadores? Ent�o por isso que � um contexto, voc� tem sim que estar muito preparado para uma gera��o que tem um entendimento, uma leitura, uma linguagem totalmente diferentes daquilo que voc� viveu. O mercado reconhece, o mercado te entende. Ele sente aquilo que voc� pode entregar dentro dadia das loteriasprofiss�o. Eu acho que isso para mim n�o tem como voc� mensurar. Quando voc� percebe, dentro da minha profiss�o, um clube que perca um profissional e alguns jogadores estejam te ligando para que voc� assuma aquele clube, que voc� seja o convite desse clube. Isso da� � inestim�vel.

Agora conta quem � que ligou para voc� assumir...

N�o. E eu tenho certeza que muitos treinadores recebem liga��es em dia das loterias determinados momentos, porque tem pessoas ali dentro que confiam no seu tipo de trabalho. Isso � muito mais do que um reconhecimento, porque � o profissional que est� proporcionando uma situa��o como essa. E muitos foram as situa��es que eu conhe�o de profissionais que tenham recebido liga��es em dia das loterias momentos de dificuldades.

Recentemente teve o caso da depress�o do Alisson, aqui no S�o Paulo. Como � que voc� lida com essa quest�o da sa�de mental?

Olha essa � mais uma mudan�a provocada, principalmente, por uma participa��o direta e ativa das redes sociais e o qu�o prejudicial � a qualquer setor profissional. Com qualquer profissional. Principalmente numa �rea t�o exposta como � a �rea esportiva no nosso pa�s. � um absurdo a interfer�ncia direta que acontece, as pessoas n�o t�m ideia o que essas frases maldosas e mal colocadas provocam em dia das loterias um profissional. Hoje em dia das loterias dia, o treinador � muito mais um gerenciador de problemas, ele � mais um organizador de fun��es dentro de um clube e um complemento de tudo isso � o seu trabalho l� dentro. Ent�o, voc� tem que estar muito ligado. Eu falei para voc�s que antes eu me preocupava com sete pessoas da minha comiss�o t�cnica, e hoje n�s temos a� quase que 30.

Voc� falou do 7 a 1 como um ponto de virada para o nosso futebol. Tem a cobran�a no campo: t�cnico e t�tico. Mas tamb�m n�o foi uma derrota do ponto de vista psicol�gico? Um time que sentiu a press�o por teoricamente ter a obriga��o de vencer uma Copa em dia das loterias casa...

� muito simples. � s� voc�s fazerem uma pesquisa e na primeira rodada do Campeonato Brasileiro voc�s perguntarem a 10 torcedores de cada clube do pa�s: "O que voc� espera dadia das loteriasequipe dentro do Campeonato Brasileiro?". Os dez v�o falar a mesma coisa, que esperam ser campe�es. Ent�o, as pessoas n�o t�m no��o do que � uma edi��o de um Campeonato Brasileiro. As pessoas n�o imaginam tudo que envolve a prepara��o que existe. Ser� que no in�cio das competi��es n�s falar�amos que o S�o Paulo estaria na final da Copa do Brasil? Que o Botafogo seria l�der por tanto tempo? Eu nunca fiz esse tipo de exerc�cio, porque eu me surpreendo a cada rodada do Campeonato Brasileiro.

Dorival J�nior quando era mascotinho da Ferrovi�ria nos anos 1960 �

: Reprodu��o/TV Globo

Voltando para o lado humano do Dorival, voc� mant�m uma liga��o muito forte com seus amigos de Araraquara. Manda presentes, camisas dos clubes que dirige... O quanto essa rela��o com suas origens � determinante para que voc� tenha esse comportamento mais leve como l�der?

Voc� n�o pode esquecer das pessoas que foram importantes nadia das loteriasvida. E ali para mim foi um in�cio onde todos n�s nos ajud�vamos. A equipe da Ferrovi�ria sempre recebendo os jogadores da base. E quando foi o fim de 1983, a grande maioria desses jogadores foi vendida. Vica foi para o Fluminense, Abelha foi para o Flamengo, Douglas On�a foi para o Coritiba, juntamente com o lateral-esquerdo Divino, Z� Roberto, um meia, foi para o Internacional. Eu fui para o Guarani. A simples Ferrovi�ria de Araraquara marcava presen�a no cen�rio nacional e come�ava a exportar jogador para o pa�s todo. E foi uma gera��o que era muito amiga, muito unida, n�s �ramos muito pr�ximos. E isso n�o eu n�o posso esquecer. Essas pessoas me ajudaram, me auxiliaram a formar o meu car�ter como profissional, a materializar todos os sonhos que eu tinha para me tornar um dia atleta profissional. Ent�o, s�o pessoas que at� hoje eu tenho contato. N�s temos grupos de conversa. Em todos os clubes que eu vou, sempre procuro mandar pra todos eles l� uma lembran�a, um mimo, um carinho, que � uma forma de voc� ainda estar em dia das loterias contato com todos eles.

Em 2023, voc� deu uma pausa na carreira. J� tinha passado pelo c�ncer dadia das loteriasesposa, a morte do seu pai e na ocasi�o o seu diagn�stico. O que todos esses epis�dios transformaram o Dorival Jr?

Eu passei por um processo muito doloroso desde 2014. O m�dico me chamou depois de duas cirurgias que minha esposa tinha feito e falou: �Voc� pode trabalhar". E na semana seguinte, o Palmeiras me procura. Eu chego no Palmeiras numa ter�a-feira, e na quinta-feira minha esposa estava sendo internada novamente. Eu s� n�o voltei porque eu tinha muita dignidade profissional, ela prevaleceu naquele instante. Mas eu n�o tinha nem como permanecer naquele trabalho no Palmeiras em dia das loterias raz�o de tudo que vinha se passando e acontecendo naquele instante. Ela foi para a terceira e depois para a quarta opera��o logo em dia das loterias seguida. Ent�o, foi um processo muito complicado para mim naquele 2014 e 15. Em 2023, eu acabo descobrindo um c�ncer. Tamb�m o tratamento, todo envolvimento que acabou acontecendo. Eu continuava tentando estudar, ver o m�ximo de jogos poss�veis. Estar sempre atualizado. Como disse, tentei encarar tudo com muito equil�brio e usar esse tempo para estudar.

Sua rela��o com o futebol vem desde a inf�ncia. Seu tio Dudu � um dos maiores �dolos da hist�ria do Palmeiras. O que acompanhar aquele time da Academia na d�cada de 70 tem de influ�ncia no Dorival treinador?

Eu sempre via um diferencial na equipe do Palmeiras, que era a paci�ncia de ter a posse de bola. Eu sempre via que o Palmeiras chegava construindo jogadas. E girava muito em dia das loterias torno da figura de um jogador, que era o Ademir (da Guia). Ele tinha uma fun��o dentro do time que era muito interessante. Em alguns momentos, ele passava a ser o volante para que o Dudu sa�sse sem marca��o e pudesse chegar como um fator surpresa. O Palmeiras tinha uma caracter�stica, que era sempre dois atacantes muito abertos. Defesa muito s�lida, e aquilo me chamava muita aten��o. Eu sempre gostei muito disso de ter a bola, a posse. Para mim, a constru��o iniciava pelos p�s dos volantes. Desde as minhas primeiras equipes, eu nunca gostei muito de ter dois volantes. Ao contr�rio, eu sempre tentei firmar meias como volantes.

Dorival J�nior, t�cnico do Santos, ao lado do tio Dudu, ex-jogador do Palmeiras �

: Reprodu��o / TV Tribuna

Alisson, Wesley, que era um atacante no Santos, trouxemos o Arouca, que era um meia para a fun��o de volante. Eu sempre gostei muito de fazer, porque eu achava que a qualidade do meio � que poderia distinguirdia das loteriasequipe no sentido de cria��o, de transformar adia das loteriasequipe. Aquele Santos, que para mim foi um diferencial, o de 2010. Porque foi a equipe que jogava com maior alegria, uma equipe que respeitava o seu advers�rio fazendo gols. Uma equipe muito solid�ria, trocava passes com uma facilidade. Talvez tenha sido a equipe que mais tenha dado prazer de assistir e de ver jogar. Eu me lembro que muitas pessoas me paravam em dia das loterias aeroportos, nos supermercados, aonde eu fosse e falavam: "Dorival, eu tor�o para determinado time, mas eu vou te falar um neg�cio 'eu paro para assistir o Santos'. Eu j� fui duas, tr�s vezes no Pacaembu. J� fui ao Morumbi, j� fiz de tudo para assistir o Santos". Foi uma pena que aquela equipe n�o tenha tido a possibilidade de estar dois, tr�s anos junta. Como acontecem com grande equipe do futebol mundial. Se isso tivesse acontecido, eu n�o tenho d�vidas que aquela equipe seria uma das equipes mais lembradas da hist�ria do futebol.

J� que falam de feij�o com arroz, qual foi o grande caviar dadia das loteriascarreira no Flamengo e no S�o Paulo? Aqueles movimentos que voc� estudou muito e deram certo...

Eu j� conhecia a grande maioria dos jogadores do Flamengo. Eu tinha tido ali quatro ou cinco que estiveram no Santos comigo. Eu tinha tido o Filipe Luis, praticamente iniciando no figueirense. Tinha v�rios jogadores que j� haviam jogado na minha passagem anterior em dia das loterias 2023. O Everton mesmo. Em 2023, eu j� falava para o Everton que se eu ficasse em dia das loterias 2023 no Flamengo, ele iria jogar por dentro. Era um desperd�cio de talento ter um jogador daquele n�vel, daquela condi��o num canto do campo. Foi um jogador muito importante, porque tanto na recomposi��o quanto na cria��o ele participava ativamente, criando realmente um corredor para que a gente pudesse ter na recupera��o do Rodinei um atacante e uma v�lvula, que para a gente foi fundamental. Filipe Lu�s fazia praticamente um meia por dentro, participando da cria��o e da organiza��o da equipe. Eu acho que o diferencial foi uma reuni�o que n�s tivemos e o Diego falou: "Dorival, a gente precisa de um caminho". Eu falei: "Ent�o voc�s acreditem, que podem ter certeza de que n�s vamos encontrar juntos esse caminho. E o que eu estou propondo nesse momento � isso aqui". E acredito que eles tenham entendido. Entenderam, abra�aram, se desdobraram em dia das loterias campo.

�Pra mim, foi uma surpresa�: Dorival J�nior revela detalhes sobre sa�da do Flamengo

Mudamos todo o contexto em dia das loterias termos de trabalho e treinamento. E a partir dali os resultados come�aram a acontecer. Eu falei para eles que n�s t�nhamos voltado ali para conquistar, e que isso iria acontecer. E quando o Diego deu aquela deixa naquela reuni�o, que para mim foi importante, n�s anotamos tudo que foi falado naquela reuni�o para que meses depois a gente apresentasse para eles tudo que foi assumido como compromisso naquele momento. Eu chamei alguns jogadores que eram importantes e que n�o estavam motivados naquele instante e pedi que eles mudassem o comportamento e me mostrassem em dia das loterias treinamentos que eles estavam querendo uma oportunidade. E um deles foi o Pedro. Eu falei que para mim era o maior desperd�cio eu ver um jogador que poderia estar vestindo a camisa da sele��o brasileira n�o estar atuando nadia das loteriasequipe. Eu acho que ele come�ou a acreditar um pouco mais em dia das loterias tudo que a gente estava come�ando a propor. Com o S�o Paulo, a minha primeira frase aqui dentro foi no sentido que eles acreditassem, porque at� dezembro n�s estar�amos disputando uma final de competi��o. Pedi que eles se preparassem para jogar uma final de competi��o. E naquela hora eu percebi que um olhou para o outro e falou assim: "Ser� que n�o est�o contratando um treinador ou um louco?". Estavam numa fase complicada, ningu�m sendo aceito, todo mundo sendo contestado. Uma inseguran�a. A mesma d�vida gerada pelos jogadores dentro do Flamengo. Com o Flamengo eu tinha um losango, e com uma outra equipe n�s t�nhamos um 4-3-3 bem definido. Pela caracter�stica dos jogadores que eu tinha com o S�o Paulo, eu tinha que buscar um outro tipo de forma��o, porque eu tinha meias interessantes que poderiam nos dar um outro quesito de jogo. Eles atacavam muito espa�o, tinham velocidade em dia das loterias combate. Foi a equipe mais guerreira, mais vibrante que eu j� trabalhei. Uma equipe que n�o se entrega em dia das loterias momento nenhum, que deixa tudo que pode dentro do campo.

N�o tem como passar sem te perguntar sobre adia das loteriasn�o renova��o com o Flamengo. Quando voc� descobre que o clube negocia com o Vitor Pereira e voc� n�o vai ficar, qual o seu sentimento? O que passou pela cabe�a quando voc� publicou aquele

dia das loterias

Dorival explica sa�da do Flamengo e agradece � torcida rubro-negra

Eu estou tentando lembrar tudo que se passou. Eu n�o lembro detalhes, mas eu acho que o p�blico tinha que ter o conhecimento pela minha palavra daquilo que havia acontecido para que n�o houvesse nenhum mal-entendido. "Ah, o Dorival fez uma pedida absurda. Ah, o Dorival quer uma cl�usula de contrato. Ah, o Dorival quer isso, quer aquilo". N�o. N�o houve. Isso n�o aconteceu. Ent�o, eu acho que as pessoas tinham que ouvir pela minha pessoa o sentimento daquele momento. Eu fiquei chateado? Muito, mas n�o passou disso. Nunca levei para um outro lado. Jamais. Entendi e respeitei a posi��o da diretoria. Tinham o direito de tomar a decis�o que quisessem. Eu tinha um contrato que iria at� aquele final de m�s. Ou melhor, do m�s seguinte (dezembro de 2023). E comigo foi cumprido tudo da forma mais correta poss�vel. Ent�o eu n�o tinha motivos nenhum para sair criticando, batendo.

Mas voc� chegou a questionar a diretoria?

N�o, eu nunca fiz isso. Eu acho que as pessoas t�m que ter liberdade de movimento e fazerem aquilo que achassem conveniente. Apenas isso. Quando aconteceu do (Bruno) Spindel comunicar ao meu empres�rio a respeito da n�o renova��o, eu tinha por obriga��o de passar ao p�blico para que n�o houvesse nenhum mal-entendido. Para mim, n�o tem problema nenhum. L�gico que gostaria muito de ter continuado, porque eu sentia que aquele momento era muito bom para que pud�ssemos dar sequ�ncia ao trabalho. Agora n�o houve nenhuma altera��o da minha parte com rela��o a qualquer outro tipo de sentimento. N�o mesmo. S� tenho a agradecer tudo que eu recebi da torcida do flamengo. A confian�a da diretoria em dia das loterias me colocar naquele momento � frente da equipe. O que n�s criamos com aquele grupo de jogadores. A recep��o que eu tive em dia das loterias todas os momentos que n�s tivemos juntos, eu acho que isso da� para qualquer profissional � marcante.

O clube foi muito criticado pelas f�rias de mais de 40 dias, e h� quem condicione isso como um �ltimo ato da comiss�o. Foi uma decis�o que passou por voc�? Seu planejamento era de dar f�rias prolongadas?

Dorival J�nior - Flamengo � campe�o da Libertadores de 2023 �

: REUTERS/Luisa Gonzalez

N�o. Nossa comiss�o t�cnica n�o tem nada a ver com essa decis�o e, pelo contr�rio, tinha uma opini�o que foi externada em dia das loterias reuni�o ap�s o t�tulo em dia das loterias Guaiaquil. Nosso desejo era de que os jogadores se reapresentassem no dia 19/12, e com treinamentos durante a semana e folgas s�bados e domingos de dezembro, para comemorarem as festas de fim de ano. Realmente, foi um tema com vozes discordantes e decidimos para bater o martelo ap�s a defini��o da renova��o, por�m n�o abriria m�o desse retorno dia 19.

Aos 61 anos, o Dorival ainda almeja ser t�cnico da sele��o brasileira? E como tem acompanhado o trabalho do Diniz?

Eu acho que todo profissional sempre vai pensar em dia das loterias estar numa situa��o melhor e buscar o �pice de um clube, de um grande clube. Eu, gra�as a Deus, tive a oportunidade de ter passado pela grande maioria dos clubes brasileiros. Eu acho que o Diniz � um grande amigo meu, uma pessoa que eu tenho um carinho muito grande, ele sabe disso. Eu tor�o muito por ele. Eu acho que ele tem que ter tempo para desenvolver o seu trabalho. A gente fica na expectativa a� para que tudo aconte�a. Prova disso � o trabalho que ele desenvolveu a� � frente do Fluminense, um belo trabalho. E o espet�culo que a torcida deu foi fant�stico. Acho que � a comunh�o de v�rios fatores que fazem com que uma equipe chegue a vivenciar um momento como esse. O Fluminense est� de parab�ns por tudo que alcan�ou. O Diniz que continue essa brilhante carreira, um cara que � muito promissor e vai ter um futuro brilhante.

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