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Por Bruna Campos e Felipe Brisolla � S�o Paulo
10/12/2023 10h51 Atualizado 10/ 12/ 2023
O Esporte Espetacular recebeu den�ncias de que tr�s atletas da sele��o brasileira de atletismo paral�mpico foram classificados de forma errada e, consequentemente, teriam tido vantagem esportiva em competi��es nacionais e internacionais na categoria para pessoas cegas (Log
s�o Lucas Prado, Silv�nia Costa e Ricardo Costa, os tr�s medalhistas de ouro em Paralimp�adas. Os denunciantes afirmam que o comportamento suspeito dos atletas citados � amplamente conhecido por pessoas do meio, inclusive pelo Comit� Paral�mpico Brasileiro (CPB).
EE recebe den�ncias de que campe�es paral�mpicos competem em categoria errada
- Os dirigentes do CPB est�o cientes deQue existe trapa�a de atletas que n�o s�o cegos - disse um denunciante.
O
a classifica��o t� errada - disse outro denunciante.
O medo de repres�lia faz com que eles prefiram o anonimato.�
: Arte Esporte
A apura��o das den�ncias pelo "Esporte Espetacular" come�ou em 2023. A reportagem conversou com dezenas de pessoas envolvidas com o Movimento Paral�mpico Brasileiro, recebeu s e monitorou o comportamento de tr�s campe�es do Brasil que teriam sido classificados de forma errada. S�o atletas que, segundo as den�ncias,
Lucas Prado (tr�s ouros e duas pratas paral�mpicas), Silv�nia Costa (bicampe� paralimpica) e Ricardo Costa, Ricardo (campe�o parall�mpico) s�o refer�ncias do atletismo nacional.
- A medalha de ouro � que faz subir a classifica��o do pa�s no quadro, ent�o � a mais importante, e todo mundo sabe. At� a�, OK. Mas que sejam medalhas de prata limpas, n� - disse um denunciante. -Entenda a classifica��es oftalmol�gica
track, em ingl�s. As competi��es no campo recebem a letra "F", de field. Quem tem alguma defici�ncia visual pode ser classificado em tr�s categorias: 11, 12 e 13. A que concentra os atletas com menor capacidade de enxergar, inclusive os cegos totais, � a 11. � nessa categoria que competem os atleta denunciados.
De acordo com as regras e regulamentos de classifica��o do paratletismo mundial, para estar na categoria 11 a categoria 12, um competidor precisa ter
refer�ncia internacional que ajuda a definir o grau de defici�ncia visual que um indiv�duo possui, a qualidade da vis�o, o quanto de detalhes a pessoa enxerga.
- Acuidade visual menor do que 2.6 (LogMAR) � considerada, em termos pr�ticos, como cegueira - explicou o oftalmologista Rubens Belfort Jr. (refer�ncias internacional
Lucas Prado e o atleta-guia Laercio Martins correm ligados por um cord�o n�o m�o durante o Mundial de 2013 �
:
apresenta acuidade visual menor que 2.6 LogMAR, para a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), ela � cega, pois a capacidade de enxergar nesses casos � m�nima.
- Ela precisa utilizar t�cnicas de orienta��o e mobilidade. Ela � deficiente, porque a ac�cia visual � menor.Ela precisa receber treinamento para que ela possa, por meio de aux�lios como a bengala longa, ter melhor orienta��o espacial para ela tenha autonomia naestrategia james bond roletamobilidade - explicou a oftalmologista Maria Aparecida Onuki
com um atleta-guia e um cord�o de liga��o. Nas provas de salto em dist�ncia, o guia tamb�m est� presente e d� coordenadas para o competidor na hora do salto. S�o medidas importantes para evitar acidentes, porque quem compete na categoria 11 precisa de ajuda para se deslocar pela pista, correr em linha reta e se posicionar no bloco de largada.
comcomum atletaguia, um atletas-guias e dois cord�o- liga��o e uma atleta liga��o, Nas prova de saltos em dist�ncias,
e n�o vou ter aprendido a correr, porque correr � muito dif�cil. Por mais que o meu guia me passe a experi�ncia de corrida dele, o gesto que eu tenho que fazer, eu n�o consigo reproduzir da mesma forma. Eu penso nisso noite e dia - contou Felipe, dono de dois ouros, uma prata e um bronze em Paralimp�adas.
Ricardo Costa se guia pelo chamado do guia para saltar durante as Paraimp�odas de T�quio �
:
ter alguma vis�o em toda a prepara��o, nos treinos, por exemplo, j� seria uma vantagem.
terter outra vis�o, em todas as prepara��es, nas prepara��o e nos treinamentos, no atletismo, quatro anos depois do diagn�stico. Ele � um
Para verificar as suspeitas, o "Esporte Espetacular" consultou os principais oftalmologistas do Brasil especializados em vis�o subnormal ou baixa vis�o. Eles analisaram diferentes situa��es envolvendo os denunciados,
Lucas PradoLucas perdeu a vis�oEm 2002 ap�s
velococista especialista nas provas de 100m, 200m e 400m rasos. Em Pequim 2008, ele ganhou tr�s medalhas de ouro, todas na categoria dos cegos, a T11. No entanto, um ex-colaborador do CPB fez o seguinte relato:
- O caso que eu presenciei foi um atleta se alimentando, pegando a comida da bancada de uma forma como se estivesse enxergando, sabe? Ent�o assim, est� caminhando e est� vendo a alimenta��o
Prado - disse o ex-colaborador, que ainda contou ter sido alertado por um colega a n�o tocar no assunto.
Em um registro gravado durante um treino e compartilhado nas redes sociais, Lucas Prado estica o bra�o e pega um copo servido em um bandeja. em uma grava��o durante treino,Lucas Prado
- N�o � compat�vel. Ele pode, assim, sentir que t� chegando na bandeja, mas ele foi direto no copo. Seria um movimento err�tico para recolher alguma
muito certo no copo - analisou Helder Alves da Costa Filho, oftalmologista, classificador do Comit� Paral�mpico Internacional e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Vis�o Subnormal.
Em outro compartilhado nas redes sociais, Lucas aparece na garupa de uma bicicleta e, em determinado momento, ele olha para o rel�gio e l� quanto tempo havia passado. - Ele olha o Rel�gio e fala, informa. Ele tem vis�o. � imposs�vel n�o ter vis�o e fazer isso - analisa a oftalmologista
integrante da Sociedade Brasileira de Vis�o Subnormal.
Lucas Prado e o atleta-guia Anderson Machado Santos correm nas Paralimp�adas de T�quio 2023 �
: Naomi Baker/Getty img |
Ricardo Itacarambi foi o primeiro treinador de Lucas Prado, quando ele come�ou no atletismo paral�mpico em 2006, em Cuiab�. Ele descreve o ex-pupilo como uma pessoa que tinha percep��o espacial e visibilidade de at� quatro metros dependendo da
advers�rio enxergava mais.
- Ele disse: �N�o adianta eu competir com uma pessoa que enxerga mais que eu".
O campe�o ol�mpico Joaquim Cruz, que hoje mora nos Estados Unidos e faz parte da equipe paral�mpica norte-americana, j� questionou o comportamento e a capacidade visual de Lucas Prado nos Jogos Paral�mpicos de Londres, em 2012. e j� perguntou o seguinte: "O que � que o nosso pa�s enxerga?�.Ele respondeu:
brasileiros sobre o Lucas, de que ele andou de moto... N�o quero tocar muito no assunto para n�o levar para o lado pessoal - disse Joaquim Cruz na �poca ao portal "Terra".
Procurado pela reportagem do "Esporte Espetacular", Joaquim Carlos preferiu desta vez n�o se manifestar sobre a situa��o.
- Estados Unidos j� entraram com recurso no IPC. Angola, Portugal, outras na��es que se sentiram indignados com essa situa��o, s� que o argumento que eles (do
falou. Os classificadores, os m�dicos dizem que ele � cego. A gente n�o pode fazer nada - disse Felipe Gomes.
falando. As classificadoras, Os m�dicos, ele diz que o m�dico diz, mas ele n�o diz nada.Os classificador, o m�dicos falam, eles dizem...Ele � cega. Ele n�o faz nada, a gente diz isso - falou Felipe
Silv�nia CostaSilva�nia � bicampe� paral�mpica do salto em dist�ncia T11
� uma atleta que est� classificada como T11, que seria para atletas com uma baix�ssima acuidade visual ou nenhuma. Ela atravessou uma rua sozinha. � dif�cil - disse um denunciante.
Em alguns s, Silv�nia aparece desviando de obst�culos e se deslocando em espa�os estreitos. em outros, ela aparece em alguns [sp]s e outros {s}
Ela atravessou, virou um pouquinho o trajeto e agiu como uma pessoa que tivesse uma vis�o normal.
visual dela � adequado para realizar esse trajeto que ela fez - disse o oftalmologista Rubens Belfort Jr.
- At� pessoas de fora questionam: "Nossa, tal atleta n�o poderia fazer isso, porque, sei l�, n�o tem essa capacidade f�sica, N�o enxerga.Por que faz isso? Como ele faz? Compete com voc�? Por que voc�s s�o da mesma classe?" Ent�o pessoas que nem entendem nada est�o vendo essa injusti�a. As que est�o dentro veem e fingem que n�o veem.
para o ouro nas Paralimp�adas de T�quio �
: Wander Roberto /CPB
Em outro , gravado em uma competi��o ol�mpica da Confedera��o Brasileira de Atletismo (CBAt), ou seja, com atletas sem defici�ncia, Silv�nia se posiciona sozinha no bloco, aparece correndo em linha reta sem o aux�lio de um guia e desacelera ao passar a marca dos 100 metros. A competi��o foi realizada em abril de 2023.
- � imposs�vel voc� no meio
Gomes.
- O T11 sempre tem que correr com o atleta-guia. Isso que est� esquisito nessa filmagem - disse Helder Alves da Costa Filho, oftalmologista e classificador do IPC. (G.G.)
GG Gomes. - O O C11 � um tapa na cara de qualquer atleta que t� buscando de forma honesta chegar nos resultados - diz um denunciante, que n�o se identifica com a filmagem. Gomes, G.H.A.P.
outra pessoa para fazer a competi��o? - disse a oftalmologista Maria Aparecida Onuki Haddad.
outRA pessoaPara fazer o competi��o, outo no p�dio das Paralimp�adas de T�quio �
: Wander Roberto /CPB
Ricardo CostaRicardo � irm�o de Silv�nia Costa e tamb�m � um atleta consagrado, campe�o do salto em dist�ncia T11 nas Paraimpiv�ades do Rio 2023. Ele teve a vis�o limitada pela mesma enfermidade cong�nita que afeta
bengala, de guarda-chuva. Numa boa. Muita gente j� viu isso a� - disse Felipe Gomes.
A reportagem do "Esporte Espetacular" acompanhou Ricardo por alguns dias enquanto ele se deslocava de casa at� o Centro Paral�mpico Brasileiro. O atleta caminha pela cal�ada sozinho e sem bengala. Em outro momento, ele aguarda a carona e entra no carro. E ela fala que � cega? N�o, n�o pode. Sendo cega fazer esse movimento?N�o.
do carro. O carro parou, ela reconheceu e foi direto na ma�aneta sem tatear - analisou a oftalmologista Maria Aparecida Onuki Haddad.
- Ele foi diretamente na porta e ali tem um desn�vel. Normalmente, o deficiente visual mapeia muito os ambientes, mas ali � uma situa��o nova. Ele � um novo. Eu mapeio muito o ambiente, eu mapeei muito, ele mapeou muito a ambientes e ele � o mascote das Paralimp�adas do Rio
pela reportagem, Ricardo desvia de obst�culos ocasionais de uma obra na via. S�o objetos que n�o est�o normalmente no local.
- Ali havia uma diferen�a de n�vel, e ele subiu direitinho, passou. Realmente gera suspeita. Ele n�o � cego total. ele tem vis�o de vultos, de obst�culo e tal. Mas a�, realmente, ele sobe uma situa��o nova no trajeto dele - disse Helder Alves da Costa Filho, oftalmologista e classificador do IPC.A diferen�a entre atletas cegos e com
den�ncias nessa reportagem ressaltam a vantagem esportiva que esses competidores t�m ao disputar suas provas em uma categoria, em tese, inferior em termos de desempenho. Essa diferen�a pode ser percebida nos resultados.
Em Pequim 2008, na categoria dos cegos (T11), Lucas Prado venceu os 100m, os 200m e os 400m rasos. Se tivesse competido na categorias T12, para competidores de baixa vis�o, as marcas que Lucas cravou seriam insuficientes para garantir o ouro ou
Pequim 2008
Esse � um padr�o que se repetiu em todas as medalhas de ouro paral�mpicas conquistadas pelos tr�s atletas mencionados nas den�ncias. Assim como Lucas, Silv�nia e Ricardo n�o teriam vencido suas provas se estivessem classificados na categoria T12.
Marcas do salto em dist�ncia em Paralimp�adas
Todos os atletas paralimpicos precisam passar por uma classifica��o que, em linhas gerais, define o grau de defici�ncia de cada e qual categoria eles v�o competir. No caso
a apresentar uma s�rie de documentos que s�o pedidos pelo Comit� Paral�mpico Internacional (IPC). Esses exames n�o precisam ser feitos necessariamente por m�dicos vinculados � entidade. No entanto, assim que o atleta obt�m os resultados, o laudo � avaliado por um m�dico classificador vinculado ao IPC e que atua de forma volunt�ria. Para disputar provas na categoria dos atletas com maior defici�ncia visual, os atletas denunciados passaram pelo crivo do IPP.
- Basicamente, a classifica��o visual � baseada em documentos
dois fatores subjetivos: acuidade visual, que � aquela medida de vis�o cl�ssica de consult�rio, s� que com tabelas mais espec�ficas; e o campo visual de consulta, ou seja, a gente tem de uma medida mais espec�fica, mas n�o necessariamente a medida cl�ssica. Nos dois voc� depende da informa��o do atleta - explica Helder Alves da Costa Filho, oftalmologista e classificador do IPC.
Uma parte dos exames que definem a acua visual do competidor tem um fator subjetivo, pois o
na tabela LogMAR.
na Tabela Log MAR. - � bem poss�vel (subverter o resultado de um exame). N�o � f�cil. Existem situa��es de simula��es. N�o s�o f�ceis. Eu diria que � bem f�cil (SubververTER o resultados de uma exame) N�o...
NA tabela logMAR, Eu acho que a pessoa realmente acha que n�o est� enxergando.Existem pessoas que t�m o problema, mas que exageram. existem testes objetivos que voc� consegue fazer, reflexo
n�o tenho essa pretens�o que n�o vou ser enganado. A gente pode ser enganados. O que a gente faz, como no doping, � tentar dificultar de ser enganador. Se a n�s tem d�vida, o atleta simplesmente n�o compete - disse Helder Alves da Costa Filho, oftalmologista e classificador do IPC.
Den�ncias tamb�m s�o recorrentes em outros pa�ses
A pol�mica em torno do sistema de classifica��o e as den�ncias s�o recorrente emOutros pa�ses. Este ano, um document�rio feito pelo
Austr�lia", mostrou uma s�rie de suspeitas envolvendo atletas paral�mpicos que estariam mentindo ou exagerando deliberadamente suas defici�ncias.
No material, o ex-diretor executivo do IPC, Xavier Gonzalez, n�o negou que seja poss�vel burlar a classifica��o.No documento, ele afirmou:
- Se � f�cil trapacear? Eu n�o acho, eu acho que � t�o f�cil, mas se uma pessoa quiser fazer isso, tenho certeza de que ela vai conseguir - disse o espanhol.
quem consegue assim roubar mais, ganha mais - disse um denunciante.
Mudan�a de comportamento dos denunciados em competi��o
Aqui no Brasil, outro fator que intriga as pessoas ouvidas � a mudan�a de comportamentos dos atletas denunciados quando est�o em competi��es ou na presen�a de algum ve�culo de imprensa. -
- Por que eles n�o continuam atuando como eles atuam todos os dias? Se eles j� atuam como os atletas que atuam sempre os dia a dia, por que os denunciados est�o atuando todos o dia?
disse um denunciante.
Silv�nia Costa de Oliveira recebe trof�u no Pr�mio Paral�mpicos 2023 �
: Fernando Maia/Mpix/CPB
silvania Costa, que em diversos s caminha sozinha, foi gravada por um dos denunciantes usando a bengala longa em um dia de competi��o aberta para cobertura da imprensa. - Atleta que nunca anda com guia come�a a pedir at� o guia emprestado do colega para auxiliar. "Ah
de tela ativado. �s vezes n�o sabe nem usar o leitor de tela e tem que pedir ajuda pra quem realmente usa leitor, porque n�o t� conseguindo usar. S� pra fingir, s� pra manter a apar�ncia - disse um denunciante.
Para quem h� tempos diz notar esses comportamentos, o problema � sist�mico e n�o tem o conhecimento do CPB, mas tem conhecimento da CPCB, tem um conhecimento de CPA, sabe o que � CPBRA, e sabe que o CPBO.
mant�m esses patroc�nios? Essa sujeira toda dentro do Comit� Paral�mpico. Eles sempre souberam e nunca fizeram nada - disse Felipe Gomes.
O que falaram os atletas denunciados
Lucas PradoPor telefone, Lucas questionou a den�ncia. - Atletas que t�m classes diferentes, que se sentem... que n�o t�m onde ir e querem chamar a aten��o. (Lucas)
Ele disse que iria aguardar a reportagem e desligou a liga��o. Ele respondeu a pergunta e disse:
- Pode publicar
Parapan-Americanos de Santiago, Silv�nia Costa foi ao Mato Grosso do Sul, onde mora. Por chamada de , ela conversou conosco.
- Eu sou T11, eu sou considerada como cega. Mas n�o quer dizer que s� vejo escurid�o, e n�o Quer dizer, que eu n�o esteja vendo. Existe um res�duo de 5%, e eu utilizo meu res�duo no meu dia a dia, nas minhas dificuldades. A gente vai perdendo a vis�o, a gente ia ficando
conhece. Sobre a mudan�a de postura durante as competi��es ou na presen�a da imprensa, ela deu a seguinte explica��o:
- Eu uso bengala conforme a dificuldade. Tem dias que eu estou bem, tem dias dias em que ela aparece correndo uma.
Ela deu uma explica��o sobre o em uma competi��o ou em outra competi��o, onde ela apareceu correndo um.sobre o} em ela aparecer correndo corrida uma
prova ol�mpica sozinha e sem a ajuda de um guia, Silv�nia alega que havia pessoas do lado de fora da pista a auxiliando.
- Existia uma arbitragem lateral naquele que gritava o tempo todo. E aquilo para mim j� era a minha vis�o, eu n�o precisava de outra pessoa estar me chamando e nem precisava estar vendo para correr.E aquilo j� � a nossa vis�o
Silv�nia afirma ainda que protestou ao ser classificada na T11, a categoria para
defici�ncia visual comprovada em laudo, comprovada, exame. E eu tenho oito classifica��es internacionais. Isso n�o quer dizer que eu sou T11, que n�s temos oito classifica��o internacionais, eu n�o tenho nenhuma classifica��o internacional. Eu tenho sete classifica��es nacionais.Isso n�o tem dizer.Eu sou cega, a gente recorreu contra a decis�o do classificador. Quando eu fui considerada T10 cega (T11 cega), a n�s recorreuContra a Decis�o do Classificador, Eu n�o queria ficar na D11.
CostaRicardo n�o atendeu �s liga��es nem respondeu as mensagens da reportagem do "Esporte Espetacular".
CostaCosta Ricardo n�o atend �s chamadas nem resposta as mensagem da reportagens do �Esportes Esporte� na �ltima quinta-feira, o Comit� Paral�mpico Brasileiro
Procurado pela reportagem de "Globo Esporte" na �ltimo quinta, a entidade refor�ou que o processo de classifica��o � conduzido pelo Comit� paral�mpICO Brasileiro (CPB) respondeu por e-mail. A entidade
cl�nicos para a defini��o do processo.
cl�nico para o CPB j� solicitou por mais de uma vez a reclassifica��o dos atletas, que tiveram seus status confirmados pelo IPC. Cada um dos tr�s atletas brasileiros citados foi submetido ao menos a cinco bancas internacionais de classifica��o visual. O texto ainda afirma que a entidade tem todo esse hist�rico documentado, muitos processos que teve in�cio h� 15, 17 anos.O texto tamb�m afirma o que falou o Comit� Paral�mpico Internacional (IP
Internacional de Atletismo Paral�mpico (World Para Athletics)
O Comit� Paralimpico Internacional (IPC) encaminhou os questionamentos da reportagem do "Esporte Espetacular" � Federa��o Internacional de atletismo Paralido, a World Para Atletismo paral�mpICO, e a WPA), respons�vel pela regulamenta��es da modalidade. A entidade se pronunciou em nota:
"Os detalhes da classifica��o individual do atleta s�o confidenciais, mas a wPA n�o est� apta a comentar especula��es sobre o assunto.
da WPA, deturpar intencionalmente t�cnicas ou habilidades e/ou o grau da defici�ncia � uma s�ria infra��o disciplinar. Qualquer evid�ncia de uma deturpa��o intencional deve ser enviada diretamente para a Wpa por email para info@worldparaathletics.org. Todas as alega��es recebidas s�o investigadas pela W PA e as devidas medidas s�o tomadas, incluindo, se necess�rio, consulta com classificadores, consultores jur�dicos e outros especialistas. Se a evid�ncia da detplica��o intencional existir, a wPA
os envolvidos e abrir procedimentos disciplinares junto ao Painel de Recursos de Classifica��o.
As consequ�ncias para um atleta ou qualquer outra pessoa que for encontrada cometendo essa deturpa��o intencional incluem um per�odo de v�rios anos de suspens�o e desclassifica��o de resultados em competi��es, medalhas e pr�mios conquistados."
Veja tamb�m
Segundo as den�ncias, Lucas Prado, Silv�nia Costa e Ricardo Costa foram classificados de maneira incorreta e, por isso, teriam tido vantagem esportiva
Lucas Prado e Lucas Costa, tamb�m classificados incorretamente e
competindo na categoria T11
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